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Espondilolistese Lombar

A espondilolistese deriva do grego spondylos (vértebra) e olisthesis (escorregamento).
Em 1782 um obstetra belga chamado Herbinaux fez a primeira descrição dessa situação clínica ao observar dificuldades durante o parto em pacientes que apresentavam uma saliência/protuberância óssea acima do sacro.


Sua ocorrência é maior no segmento L5-S1 seguida do segmento L4-L5.
Classifica-se em (6)tipos: I (displásica), II (lítica ou ístmica), III (degenerativa), IV (traumática), V (patológica), VI (pós-cirúrgica).


O grau de escorregamento foi objeto dos estudos de Meyerding em 1932, a saber:
Grau 0-espondilolise, I (0-25%), II (26-50%), III (51-75%), IV (76-100%), V (ptose).


As causas são, portanto, variadas sendo muito rara antes dos 6 anos de idade e jamais foi descrita no recém-nascido.


A deambulação é fundamental na sua gênese, uma vez que o stress biomecânico passa a atuar sobre a coluna lombossacra.


Há nítida presença de fatores genéticos envolvidos, ainda que não completamente identificados/definidos.


Há uma prevalência de 50% nos esquimós e raramente é encontrada em mulheres negras.
As atividades que provocam acentuação da curvatura lombar fisiológica/hiperlordose, tais como ginastas e halterofilistas também contribuem para o seu aparecimento.


Ao exame físico evidencia-se um encurtamento do musculo psoas-ilíaco e da musculatura ísquiotibial que contribuem para a manutenção e acentuação da deformidade.
O paciente adquire uma alteração postural e de marcha típicas.


O estudo de imagem radiológico (incidência em perfil e oblíquo) permite o diagnóstico, sendo que a Ressonância magnética avalia a lesão do disco intervertebral e o componente compressivo neural.


A tomografia evidencia em detalhe as estruturas ósseas e é complementar, particularmente quanto à exclusão de outras doenças, tais como tumores ou infecções.


A maioria dos casos caracteriza-se por lombalgias de pequena/média intensidade e relativamente esporádicas que evoluem satisfatoriamente com o tratamento conservador/não operatório (repouso, analgésicos e uso temporário de colete ortopédico).


Os casos em que o paciente passa a apresentar dores recorrentes e progressivamente incapacitantes nas atividades de vida diária com lombalgias intensas associadas a ciatalgia de membro inferior passam a ter o procedimento cirúrgico a ser considerado.  


O tratamento cirúrgico associa habitualmente a descompressão neural e a fixação/artrodese com instrumentação.
 

 

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